Por todo o mundo, as medidas de isolamento e distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus têm feito cidades inteiras desacelerarem. Normalmente em São Paulo, o dióxido de nitrogênio e a fuligem, formam uma paleta de cores de cinza e marrom no céu. De acordo com a matéria publicada pelo Jornal O Tempo, no último dia 29 de março, com o isolamento social da capital paulista, os resultados foram menos trânsito, menos poluição e, como consequência disso, um céu mais azul.
E não é só o céu de brigadeiro que podemos perceber de positivo. Segundo o Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo, o monóxido de carbono, responsável por doenças respiratórias, está abaixo do que o medidor consegue captar.
No norte da Índia as pessoas ficaram surpresas ao enxergar a cordilheira do Himalaia, que agora está visível a mais de 160 quilômetros de distância devido a diminuição da poluição do ar. Segundo relatos nas redes sociais, essa foi a primeira vez que as pessoas conseguiram enxergar os picos do Himalaia em 30 anos. Por lá, o governo indiano ordenou que toda a população do país, as mais de 1.3 bilhão de pessoas, ficassem em suas casas por no mínimo 3 semanas para reduzir a propagação do novo coronavírus desde o dia 25 de março.
Na Itália, lugar onde já foi o epicentro da pandemia, os moradores de Veneza viram pela primeira vez em muitos anos as águas dos canais da cidade ficarem claras – e até golfinhos, cisnes e cardumes de peixes nadando por ali. Com fábricas paradas e trânsito quase inexistente, a Itália também registrou considerável melhora qualidade do ar.
O surto de coronavírus começou no final de dezembro em Wuhan, na China. Com as restrições, as operações industriais em toda a região foram suspensas. Além disso, os chineses foram proibidos de viajar entre as cidades da província diminuindo o fluxo de circulação de carros, ônibus, trens e aviões em todo o país.
Os satélites de monitoramento de poluição operados pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia (ESA) também observaram reduções drásticas na poluição do ar sobre a China quando a quarentena estava em vigor em várias províncias. Os satélites mediram as concentrações de dióxido de nitrogênio de 1º a 20 de janeiro e novamente de 10 a 25 de fevereiro. A diferença entre os dois períodos apresentada no gráfico acima é notável.
