Sistemas de Informações Geográficas - SIG
Aplicações Práticas do ArcGIS
O GPS (Global Positioning System) já faz parte do nosso dia a dia. Seja no carro, no celular, na corrida de rua, nas trilhas, sempre utilizamos o GPS para nos orientar. Mas você já parou para pensar como funciona o GPS?
O GPS só funciona devido a uma rede de satélites que temos girando na órbita da terra. Equipamentos de GPS conseguem se comunicar com esses satélites, que retornam para nós nossa posição na superfície terrestre.
Os GIS (Geographical Information System) ou SIG (Sistemas de Informações Geográficas) funcionam de maneira similar a esses equipamentos, com a diferença que, enquanto esses equipamentos de GPS geralmente são utilizados para a obtenção de dados georreferenciados (dados de posição e altimetria, por exemplo), os SIG são utilizados para processar essas informações em análises muito complexas.
Neles, conseguimos não só traçar e trabalhar com pontos georreferenciados (referenciados com base em uma posição arbitrária na terra) mas também com diversos tipos de feições vetoriais, como polígonos e linhas e feições matriciais, que é o caso das imagens de satélite e os Modelos Digitais de Elevação (matrizes que representam as diferenças de altitude na superfície terrestre).
As aplicações dessas informações obtidas dos satélites são quase ilimitadas. Para o professor Doutor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Celso Bandeira de Melo, membro titular do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, o ArcGIS funciona como uma ferramenta fundamental da gestão dos recursos hídricos, uma vez que nele, é possível delimitar Bacias Hidrográficas, determinar suas características morfométricas e realizar um estudo temporal da variação do Uso e Ocupação nessas área.
Essa ferramenta apresenta grande potencial em diversos outros aspectos do gerenciamento dos recursos hídricos, seja para análises hidrológicas, ou em saneamento ambiental, ou ainda socioeconômicas, da bacia hidrográfica. Resumido é uma ferramenta muito importante para realizar análises ambientais nas escalas espaciais e temporais.
Ainda na gestão dos recursos hídricos, a Doutora Luna Gripp Simões Alves, Pesquisadora em Geociências do Serviço Geológico do Brasil, responsável pelo Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, complementa destacando a importância do ArcGIS na definição de áreas de drenagem e no estabelecimento de modelos complexos de chuva e vazão, por exemplo.
Para quem trabalha com dados hidrológicos, a espacialização de informações é essencial. (...) Seja na definição de áreas de drenagem e contribuição (...) ou ainda, no estabelecimento de modelos complexos, por exemplo, de transformação de chuva em vazão. Sem dúvidas, o ArcGIS é uma ótima ferramenta nesse contexto.
Contudo, as aplicações dessas ferramentas não param por aí. Ainda no contexto de análises ambientais, outra aplicação dos SIG é no monitoramento de queimadas e desmatamento, seja através da análise de uma série histórica imagens de satélite ou através da análise do nível de reflexão de comprimentos de onda, como o do infravermelho.
Outra aplicação que merece destaque é na utilização de perícias ambientais. Por ser uma ferramenta que permite uma análise temporal e espacial, é possível detectar infrações e impactos ambientais causados ao longo do tempo, e, dependendo do espaço de tempo analisado, chegar a datas bem próximas do início da degradação ambiental.
Esses exemplos são só algumas das possíveis análises ambientais que podemos realizar com esses softwares, sendo possível ainda analisar a dispersão e concentração de poluentes atmosféricas, grau de contaminação do solo, entre outros.
Com aplicações quase ilimitadas, desde análises ambientais, como as citadas nesse blog, até análises espaciais na definição de melhores rotas para sistemas de logística e distribuição populacional, os SIG estarão cada dia mais presentes nas vidas dos profissionais sendo uma ferramenta fundamental para o profissional do futuro.
